quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sétima Oficina, dia 01 de julho

Iniciamos a oficina com a leitura do livro O Ponto. Conta rapidamente a trajetória de uma garotinha que iniciou um grande processo de criação a partir de um ponto numa folha em branco. O trabalho da garotinha só evolui graças a sensibilidade de sua professora de valorizar o seu trabalho.
Após a leitura fizemos uma reflexão sobre o papel do professor como motivador de seus alunos, às vezes é importante valorizar um trabalho que nem mesmo o autor (aluno) valoriza. Isso o incentiva a produzir melhor da próxima vez.
Em seguida fiz um feedback do nosso último encontro e decidimos que as questões relacionadas ao currículo seriam retomadas em outra oportunidade, até mesmo porque a conversa do encontro anterior já havia despertado nos professores um pouco mais de tranqüilidade em relação ao trabalho desenvolvido com o Gestar, já que a proposta pode e deve se encaixar dentro da proposta de trabalho da rede no ensino de Língua Portuguesa.
No momento dos relatos, o professor Edvaldo contou que fez com seus alunos da 5ª série uma atividade do texto cidadezinha qualquer. A proposta era que as crianças fizessem uma poesia enfatizando o lugar onde viviam. Dentre os trabalhos chamou atenção um em que a criança expressava o ponto de vista de que quem tivesse uma casa grande e bonita era “otário”. Esse texto trouxe para a sala de aula a concepção de otário, por que a criança fez essa relação. Acabou por se abordar questões culturais e sociais muito fortes da própria comunidade.
Também discutimos bastante sobre letramento. Falamos do conceito e como o letramento se realiza na prática. Notamos que muitos professores do ensino fundamental I são resistentes ao estudo da teoria sobre o letramento, mas acabam trabalhando dentro dessa proposta meio que ao acaso, já que se negam a adquirir o conhecimento teórico.
Estudamos o fragmento do texto do Marcos Bagno “O que é letramento” do livro Letramento, Variação e Ensino. Desse estudo surgiram alguns questionamentos: Por que trabalhar com letramento na escola? Será que muitos professores já não o fazem sem saber? Outros dizem que trabalham nessa perspectiva, mas continuam enchendo os cadernos do alunos de atividades que não favorecem aprendizagem alguma?
A conversa sobre letramento sempre leva aos gêneros textuais e as questões de leitura e escrita. Esses elementos estão muitos próximos, e nossos professores precisam entender essa relação e as teorias que subjazem a cada uma para explorar de forma mais eficiente o que a língua portuguesa tem de melhor.

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