quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Oitava Oficina - 15 de julho

Na oitava oficina do Gestar finalizamos o TP 4, com as unidades 15 e 16. Iniciamos com a mensagem de Rubens Alves “Pipoca”. Fizemos uma reflexão no sentido de que a mudança do professor tem que ser de dentro pra fora. Não bastará o material do Gestar, os encontros de formação se o professor não quiser começar a sua transformação de dentro pra fora. Percebo a necessidade de sensibilizar esses professores para uma nova prática.
Durante os relatos das experiências pude perceber que alguns professores estavam meio atrapalhados, o que não é bom.... conversei com eles no sentido de que o Gestar não é um caderno de receita, mas sim uma proposta, que precisa ser absorvida para que surjam os resultados.
A professora Lea fez uma observação interessante sobre o processo de leitura em duas turmas de 6ª série. Foi com referência ao texto Admirável mundo louco. Numa turma ela leu o texto e as crianças tiveram muita dificuldade em compreender o sentido do texto, foi quando ela contou a história do Admirável mundo novo, a partir dessa ponte as crianças conseguiram compreender o sentido do texto. Na outra turma de 6ª série, a professora iniciou falando do Admirável mundo novo e daí na leitura do admirável mundo louco ela não precisou nem questionar muito, já de cara as crianças compreenderam o sentido do texto e fizeram a relação com a história do livro.
Na seqüência tivemos uma conversa sobre o conteúdo das unidades 15 e 16. Apresentei a eles a mãozinha da leitura e fizemos a atividade de fazer as perguntas a um texto do envelope da linguagem, era um texto multimodal sobre a Olimpíada de 2016, que poderá ser no Rio de Janeiro. Fizemos as perguntas e conseguimos obter as respostas, foi legal, pois eles perceberam que em todo texto pode-se aplicar as perguntas, mas que talvez não se tenha todas as respostas, eles perceberam também a importância dessas perguntas para a compreensão do texto.
Conversando sobre a retextualizaçao, eu os questionei se costumavam ter essa prática, se já tinham feito, a resposta foi meio tímida, então nós produzimos um texto coletivo, a partir de uma imagem, cada integrante produziu um parágrafo, seguindo a seqüência introdução, desenvolvimento, desenvolvimento e conclusão. O resultado foi assim...

1ª versão

Ao depararmos com uma imagem de uma criança sofrida, carente, com olhos brilhando pedindo ajuda, podemos sentir o quanto estamos com olhos fechados quanto a esse tipo de situação.
As crianças são as principais atingidas pela pobreza no país. Além das necessidades fisiológicas como: comer e vestir elas também sofrem com a descriminação social. É necessário dar um basta nesta situação, por isso que a CCF – Brasil pede ajuda para amenizar o sofrimento destes pequenos seres, possibilitar uma vida mais digna.
Então, precisamos fazer alguma coisa por estas crianças. Não vamos deixar que seus sonhos se percam. Ajude com esta quantia que é tão pouco para nós e tanto para quem não tem nada.
Quando alguém com fome bate a nossa porta percebemos o quanto ela pode incomodar. Entretanto só nos incomodamos realmente quando a sentimos. Solidariedade é um ato simples e grandioso. Certamente fazendo pouco, doando pouco, para quem tem quase nada é um grande passo para contribuir para um mundo melhor.

2ª versão

Ao depararmos com a imagem de uma criança sofrida, carente, faminta, pedindo ajuda, podemos sentir o quanto estamos com olhos fechados a esse tipo de situação.
Elas são as principais atingidas pela pobreza no país. Além das necessidades como comer e vestir, também sofrem com a discriminação social. É necessário dar um basta nesta situação, por isso que a CCF – Brasil pede ajuda para amenizar o sofrimento destes pequenos seres, possibilitando uma vida mais digna.
Quando alguém faminto bate a nossa porta percebemos o quanto a fome pode incomodar, entretanto só nos incomodamos realmente quando a sentimos. Solidariedade é um ato simples e grandioso. Certamente fazendo pouco, doando pouco, é um grande passo para contribuir para um mundo melhor.
Então, precisamos fazer alguma coisa por estas crianças. Não vamos deixar que seus sonhos se percam. Contribua com a CCF – Brasil e nos ajude a ajudar quem tem quase nada.

Durante o processo de retextualização fizemos todas as conexões necessárias para deixar o texto mais coerente, refletindo e analisando cada parágrafo, cada frase, foi muito legal. Ao mesmo tempo surgiu aquele sentimento que nós professores temos: mas como fazer isso no ensino fundamental? Quantos textos em cada sala... tranqüilizei os professores dizendo que isso é um processo e que precisamos encontrar alternativas para realizar isso em sala, começar por exemplo com textos coletivos, como o que tínhamos feito.

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